quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O que Natália está bebendo?

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 Azul é a cor mais quente

Meu anjo de azul
Azul do céu
Azul dos rios
Fonte de vida

Eu amo livros. Eu amor ler. A minha primeira coleção de livros foi um pedido pro Papai Noel. Eu tinha 6 anos. Eu tenho uma mandinga que é começar o ano lendo algo ultra incrível e ter um ano igual. E se a leitura é meia-boca preparo os patuás que o ano também pode ser. Como eu estou sempre lendo, sou bem chata com os livros. A história tem que ser na medida, nem muito melada, nem muito amarga. A diagramação tem que ser impecável. O papel, perfeito. Como um bom café, tudo no seu lugar e o que está fora, bem intencionado.  E eu ando lendo taaantos livros escritos ou com arte feita por mulheres ou sobre mulheres que foi delícia escrever pro blog.
Agora eu vou contar sobre a minha primeira grande leitura do ano: Azul é a cor mais quente. HQ linda e sensível que fala sobre Emma e Clémentine, duas garotas apaixonantes que começam a se amar. Clémentine se descobre ao conhecer Emma. Emma se doa pra Clémentine. Juntas elas vão tocando a vida. Elas vivem uma história intensa e ao mesmo tempo tão comum! Quem nunca se apaixonou assim? De perder o fôlego, de pensar na pessoa o dia inteiro, de querer a pessoa pra sempre por perto, no próprio corpo? É tudo tão doce. E é tão delicado. E é tão feminino! Me causa muito espanto o fato de nossa sociedade achar que a história é inusitada pelo fato de mostrar a vida duas mulheres que se amam. Porque é só o amor, né? São duas pessoas que se amam, e só e tão só isso! E o amor é como a gente: O amor é abstrato demais, é indescritível. Ele depende de nós, de como nós o percebemos e vivemos. Se nós não existíssemos, ele não existiria. E nós somos tão inconstantes... Então, o amor não pode não o ser também. O amor se inflama, morre, se quebra, nos destroça, se reanima... nos reanima.
Clémentine tem 15 anos quando conhece Emma. Ela vive um intenso processo de descoberta que, em determinado momento, a silencia e a leva em busca de respostas. Depois de se resolver um tico, há uma cena fofa em que ela está jogando pebolim com os amigos e pensa que a cena é bastante clichê, uma lésbica que joga pebolim com os amigos homens... Mas logo conclui “E daí, merda. Eu estou me divertindo. Estou me sentindo bem.” Doido e doído imaginar que esse tipo de coisa acontece todo dia com inúmeras pessoas.
Azul trouxe pra mim a vontade de um lugar mais amoroso e mais acolhedor. E é muito provável que ele também faça parte do meu processo pois eu nunca saio ilesa de uma leitura. E fujam de mim porque eu vou passar meses só falando disso!

O amor talvez não seja eterno, mas a nós ele torna eternos... Para além da nossa morte, o amor que nós despertamos continua a seguir o seu caminho.

Natália Coltri Fernandes


(Nat é nossa querida amiga e primeira convidada do blog! 
A mãe da Valentina vai aparecer muitas outras vezes por aqui, porque além de muito querida por nós duas, tem um gosto musical, literário e cinematográfico que nos inspira! 
Obrigada, Naná!)

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